Para Doria, “não houve erro algum”
O autoengano dos representantes do governo de São Paulo nas entrevistas coletivas realizadas diariamente no Palácio dos Bandeirantes beira a arrogância...
O autoengano dos representantes do governo de São Paulo nas entrevistas coletivas realizadas diariamente no Palácio dos Bandeirantes beira a arrogância.
Em um dia em que o estado bateu novamente o recorde diário de mortes por Covid-19 e que as cidades de Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Barretos foram “rebaixadas” para a fase 1 (vermelha), com maiores restrições no plano de reabertura econômica — justamente por terem registrado um aumento no número de casos da doença –, o tom de João Doria foi o mesmo dos últimos dias.
Ao ser perguntado se considerava que o governo havia errado ao classificar inicialmente as três cidades como integrantes da fase 2 (laranja), que lhes permitiu abrir o comércio, o tucano respondeu: “A avaliação do governo é a de que não houve erro algum. Nós seguimos a orientação da ciência”.
“Aqui não há pressão política nem econômica. Há determinação da saúde. São os índices que compõem as nossas decisões. […] Cidades que merecerem avançar para uma maior liberação avançarão. As que tiverem de regredir, regredirão.”
Reconhecer erros parece não fazer parte da cartilha de Doria e de seu governo. Mortes batem recordes dia após dia, mas não há “erro algum”. Está tudo muito bom, tudo muito bem. O autoengano continua. O autoengano é um alto engano.
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