Para apoiar Lula, PSOL vai acabar engolindo a aliança com Alckmin
Como registramos na noite de ontem, o PT adiou em uma semana o evento que servirá de lançamento da pré-candidatura de Lula (foto). A mudança, segunda a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio de Janeiro, ocorreu após um "diálogo" entre os dois partidos, porque a data inicialmente reservada pelos petistas...
Como registramos na noite de ontem, o PT adiou em uma semana o evento que servirá de lançamento da pré-candidatura de Lula (foto).
A mudança, segunda a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio de Janeiro, ocorreu após um “diálogo” entre os dois partidos, porque a data inicialmente reservada pelos petistas, 30 de abril, coincidiu com a reunião dos psolistas para decidir os rumos das eleições deste ano.
“Houve um diálogo para adiar o lançamento [da pré-candidatura de Lula], para que o evento fosse depois da nossa conferência eleitoral e para que, oficialmente, já possamos ter a nossa deliberação [antes do evento com o PT]”, disse ela a O Antagonista.
No fim de março, um grupo de militantes do PSOL divulgou um documento, com mais de 600 assinaturas, criticando a aliança entre Lula e Geraldo Alckmin (foto). O texto dizia, entre outras coisas, que o PSOL “não tem vocação para ser puxadinho do PT”. Ainda no ano passado, o próprio presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, já havia dito que a parceria ‘Lulalckmin’ era “descabida”. Guilherme Boulous falou em “mau sinal”.
Talíria Petrone afirmou, nesta terça-feira (12), que há “uma maioria partidária consolidada” para que o PSOL apoie Lula já no primeiro turno, a despeito de resistências internas de alguns grupos que defendem candidatura própria, com Boulos ou com o deputado federal Glauber Braga, do Rio de Janeiro.
“Alckmin não é o vice que queríamos. Não devemos governar com quem abriu caminho para este horror [do governo Bolsonaro], mas a nossa prioridade agora é a unidade para derrotar Bolsonaro”, disse Talíria.
O deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo, também afirmou a este site não haver “divisão interna” sobre apoio da sigla na corrida presidencial.
“A chance de termos candidato próprio é zero. O PSOL não apoia Alckmin como vice, mas não tem correlação de forças para a sua posição. E a tarefa principal agora é derrotar o ‘genocida’.”
Boulos, como temos noticiado, deve acabar se candidatando a uma vaga na Câmara, com a promessa de ser apoiado pelo PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024.
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