Pacientes em clínica no Tocantins relatam maus-tratos e ameaça de castigo em buraco
Descubra detalhes chocantes de maus-tratos e abusos em uma clínica de reabilitação no Tocantins. Saiba como a polícia agiu e as consequências para os responsáveis.
No dia 7 de fevereiro, a Polícia Civil do Tocantins realizou uma operação para resgatar pacientes de uma clínica de reabilitação, que relataram abusos e maus-tratos. Além disso, os pacientes declararam que eram forçados a tomar sedativos e eram ameaçados de serem colocados em um buraco como forma de castigo, caso fossem rebeldes ou informassem a suas famílias sobre o que estava acontecendo.
Detalhes perturbadores da situação
A Polícia Civil encontrou 70 homens na clínica e pelo menos 50 relataram maus-tratos. A clínica, situada em uma chácara na zona rural de Palmas possui grades nas janelas e portas, principalmente nos quartos, o que chamou a atenção da equipe policial durante a operação. Segundo a polícia, os pacientes eram punidos com trabalhos forçados ou submetidos a sedação se se recusassem a trabalhar. As visitas de parentes eram monitoradas de perto, com os internos sendo instruídos sobre o que podiam ou não dizer.
Declarações de vítimas e ex-paciente
Um ex-paciente, que pediu para não ser identificado, confirmou os relatos de maus-tratos e conta que eram comuns surtos de pacientes psiquiátricos internados no mesmo local. Segundo ele, quando os pacientes entravam em surto, eram obrigados a fazer tarefas como lavar roupa, lavar louça ou cavar buracos. Ele também confirmou a existência do “buraco da punição”.
Autores detidos e procedimentos legais
O casal responsável pela clínica foi preso preventivamente e está à disposição da Justiça na Unidade Penal Masculina e na Unidade Penal Feminina de Palmas. De acordo com o delegado Gregory Almeida, o casal foi autuado em flagrante pelos crimes de maus-tratos, cárcere privado qualificado e furto de energia elétrica. Além disso, existe outro inquérito contra o casal pelo crime de tortura. As investigações ainda estão em andamento.
Conclusão
Este caso chocante traz à tona a necessidade de supervisionar cuidadosamente as instituições de saúde mental e de reabilitação de drogas para evitar abusos e garantir a segurança e o tratamento adequado dos pacientes. As vítimas deste caso estão agora a salvo, mas esse relato serve como um lembrete sombrio das injustiças que podem ocorrer em tais instalações.
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