Pacheco defende exploração de petróleo na foz do Amazonas
Presidente do Congresso Nacional participa nesta sexta-feira (1º) de debate promovido pela Lide Brazil Development Forum em Washington (EUA)...
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta sexta-feira (1º), o direito do estado do Amapá de explorar petróleo na foz do Amazonas. Pacheco ressaltou que a defesa do meio ambiente “não pode ser intransigente” e precisa ser conciliada com a exploração de recursos naturais.
“Esse equilíbrio é muito importante de se pensar. O Brasil não pode abrir mão da exploração da produção de commodities e da exploração de petróleo“, disse Pacheco durante seu discurso no Lide Brazil Development Forum que ocorre em Washington (EUA). Lideranças políticas do Amapá têm criticado decisão do Ibama de rejeitar a licença para a Petrobras perfurar em águas profundas do estado.
Pacheco disse ainda que deve haver a possibilidade de explorar petróleo, mineração, e outras atividades que costumam despertar a atenção dos ambientalistas. “É possível a conciliação da exploração das riquezas nacionais com preservação do meio ambiente? A resposta é sim. Não podemos ter intransigência. Não podemos permitir nem o radicalismo do desenvolvimento econômico voraz e irresponsável nem a intransigência da pauta ambientalista. Esse equilíbrio é muito importante“, afirmou.
Além do presidente do Congresso Nacional, evento conta ainda com a presença do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn; o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; além de 8 governadores e diversos senadores e deputados federais. O Lide foi fundado em 2003 pelo ex-governador de São Paulo João Doria. Hoje, é presidido pelo seu filho João Doria Neto.
Nesta semana, em sessão da Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a decisão do Ibama de indeferir o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração na bacia da foz do Amazonas foi baseada em critérios técnicos e será respeitada. “O Ibama não facilita nem dificulta, e o Ministério do Meio Ambiente respeita aquilo que são os procedimentos devidamente instruídos com base na boa gestão pública”, disse a ministra.
Em maio, o órgão ambiental indeferiu o pedido da Petrobras “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para a operação segura em uma nova área exploratória, segundo nota divulgada na época. A estatal alega que atendeu toda as condições colocadas originalmente pelo Ibama.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que também participou da audiência, afirmou que a Petrobras entregou um pedido de reavaliação, que está sob análise técnica. Agostinho disse aos deputados que não existe “nenhuma perseguição” à companhia.
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