Ouvidoria solicita uso de câmeras corporais em operações Escudo
O pedido da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo para que os policiais militares envolvidos nas operações Escudo utilizem câmeras corporais durante suas atividades foi oficializado nesta terça-feira, 23...
O pedido da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo para que os policiais militares envolvidos nas operações Escudo utilizem câmeras corporais durante suas atividades foi oficializado nesta terça-feira, 23.
O ouvidor das polícias, Claudio Castro, enviou um ofício ao governo de São Paulo e ao Ministério Público (MP) para formalizar a solicitação.
A medida foi motivada pela operação Escudo realizada na Baixada Santista no ano passado, que resultou na morte de 28 pessoas ao longo de 40 dias. A morte do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), também impulsionou a necessidade de maior segurança tanto para a população quanto para os próprios policiais.
Castro ressaltou, em entrevista à CNN Brasil, a importância da transparência em todas as políticas públicas e afirmou que, se a ação for realizada dentro da legalidade, não há motivo para não torná-la pública. Além disso, a utilização das câmeras corporais proporciona mais segurança jurídica aos policiais em suas atuações.
É obrigatório o uso das câmeras corporais?
As câmeras devem ser utilizadas para gravação das atividades dos policiais, com armazenamento seguro das imagens e acesso restrito. Apesar da recomendação federal, a instalação dos equipamentos não será obrigatória, cabendo a cada unidade decidir sobre a implementação do monitoramento.
A discussão sobre o uso de câmeras corporais pelos policiais foi retomada nesta semana pelo CNPCP, após uma reunião anterior não ter chegado a um consenso. No entanto, alguns estados brasileiros já adotaram essa prática, como Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. No Distrito Federal, a Polícia Militar está em processo de licitação para aquisição dos equipamentos.
No âmbito federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que iniciará testes com câmeras corporais no Rio de Janeiro na próxima semana. A intenção é que todo o efetivo utilize os equipamentos após o período de testes. Além disso, o governo está estudando a possibilidade de instalar câmeras nos uniformes da Polícia Penal Federal.
Novas operações Escudo
No último dia 18, a Polícia Militar deflagrou novas operações Escudo em Santo André, Piracicaba, Guarulhos e na zona sul de São Paulo. Essas ações foram desencadeadas após o assassinato da policial Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos. Outros quatro policiais militares também foram atacados no estado entre os dias 18 e 19 de janeiro.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou em coletiva de imprensa que nenhum ataque a policial ficará impune e que as corporações estão em operação imediata após os fatos.
Suspeitos de matar PM são presos em SP
A Polícia Civil prendeu dois suspeitos pela morte da policial militar Sabrina. Outros dois suspeitos chegaram a ser detidos na última sexta-feira, 19, mas foram liberados após prestar depoimento.
Como foi o crime?
O crime ocorreu por volta das 22h30 na Estrada Ecoturística de Parelheiros. A soldado Sabrina estava de folga e transitava de moto em roupas civis quando foi surpreendida por dois criminosos em outra motocicleta.
Os assaltantes anunciaram o roubo e, na tentativa de se defender, a policial acabou sendo atingida por um disparo de arma de fogo. Os criminosos fugiram rapidamente do local, levando a arma de Sabrina.
A agente foi socorrida por uma equipe policial e levada ao pronto-socorro do Hospital Parelheiros, próximo ao local do ocorrido. Infelizmente, mesmo passando por uma cirurgia, ela não resistiu aos ferimentos. A soldado era casada e não tinha filhos.
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