Senador da CPI da Covid defende sessões sigilosas
A CPI da Covid tem atraído a atenção dos brasileiros, mas muitos têm questionado o fato de senadores usarem o tempo de perguntas aos depoentes somente para discursar. O senador Otto Alencar (PSD), que é titular da comissão, disse a O Antagonista que "nunca foi seu estilo de comportamento" usar espaço no Parlamento ou na mídia para "aferir popularidade"...
A CPI da Covid tem atraído a atenção dos brasileiros, mas muitos têm questionado o fato de senadores usarem o tempo de perguntas aos depoentes somente para discursar.
O senador Otto Alencar (PSD), que é titular da comissão, disse a O Antagonista que “nunca foi seu estilo de comportamento” usar espaço no Parlamento ou na mídia para “aferir popularidade”.
“Não preciso disso”, afirmou. “Não vou usar uma CPI para fazer palanque. Meu estilo sempre foi muito discreto, vou cuidar das coisas que são da minha responsabilidade”.
Alencar, então, sugeriu que algumas sessões da comissão sejam sigilosas.
“Seria até bom se pudesse ser feita a CPI sem ser pública, porque já tínhamos avançado muito mais do que já avançamos. Tem alguns casos que eu defendo que a oitiva seja sigilosa, para que o próximo a depor não conheça aquilo que foi falado antes.”
O senador baiano quis dar um exemplo:
“O Eduardo Pazuello foi sabatinado nesta semana. Se o secretário dele que será ouvido pela CPI não tomasse conhecimento do que o ex-ministro disse, eu tenho certeza absoluta de que os dois entrariam em contradição, porque o Pazuello mentiu muito.”
O senador se referia a Élcio Franco, que já teve a convocação aprovada pela CPI.
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