Orlando Tosetto, na Crusoé: “Política de barbearia”
Em sua coluna na edição da Crusoé desta semana, Orlando Tosetto (foto) relembra o tempo que tudo o que sabia de política era o que ouvia de taxistas e barbeiros...
Em sua coluna na edição da Crusoé desta semana, Orlando Tosetto (foto) relembra o tempo que tudo o que sabia de política era o que ouvia de taxistas e barbeiros.
“Houve tempos mais risonhos na minha vida, em que tudo o que eu sabia de política era o que ouvia de taxistas e barbeiros. Mais de barbeiros do que de taxistas, haja vista a diferença nas tarifas. Fora do âmbito desses, hum, serviços, a vida corria sem que ninguém soubesse bem quem presidia a Câmara, quem mandava em tal ou qual tribunal, quem eram os senadores do seu estado: mal e mal se sabia o nome do prefeito, e a palavra “vereador” era quase mote de piada suja.”
“Mas isso foi em tempos quase imemoriais: os anos 80/90. Hoje não é mais assim. Que saudades dos anos d’outrora, em que eu entrava no salão do meu barbeiro, um cearense baixinho, amigo do violão e da cachacinha de ocasião, e via o Notícias Populares dobrado em cima de uma mesinha. Eu me sentava na cadeira, vestia aquele avental que cheira eternamente a água de colônia vagabunda, respondia às perguntas de praxe (‘Bem curto atrás? E em cima? Passa a máquina? Vai fazer a barba?’) e esperava o primeiro comentário.”
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