Orlando Tosetto na Crusoé: Das invejas que sinto de Elon Musk
Imagine só: ele é rico, ele tem foguetes espaciais, ele tem uma fábrica de carros e ele pode falar o que quiser de quem quiser, na hora que quiser
Em sua coluna semanal para Crusoé, Orlando Tosetto Júnior escreve sobre sua inveja de Elon Musk, mas não é a inveja do dinheiro, da fábrica de carros, da rede social ou dos foguetes e sim da liberdade que o magnata sul-africano tem de falar o que quiser, de quem quiser, na hora que quiser.
Venho de saber, com o atraso que é parte do meu charme, que um sujeito com sobrenome de perfume, Elon Musk, proferiu ameaças gravíssimas à nossa pujante e viçosa Democracia, às nossas esplêndidas e reluzentes Autoridades Públicas (é bom grafar com iniciais maiúsculas, dado que Autoridade brasileira está sempre disposta a mostrar o quão maiúscula é ou pode ser) e à nossa melindrosa Soberania, moça cheia de achaques e de não-me-toques. Soube e, como tantos, me abismei: quem é esse homem que tem poder tal? Fui descobrir.
Terminei sabendo que Elon Musk, ou Elon Patchouli, é o dono da rede social que um dia se chamou Twitter e que agora, segundo entendo, se chama X (xis para nós, équis para ele). Soube mais coisas: que é bilionário; que é sul-africano; que fabrica carros elétricos, os quais, como direi?, não seduzem pelo design; e que gosta de foguetes e de naves espaciais. Ou seja: é um menino da minha geração que ficou rico e fez todas as coisas que os meninos da minha geração sempre juraram que fariam se ficassem ricos – comprou um monte de computadores, tem carros à vontade e construiu um foguete espacial. Não virou jogador de futebol nem pirata (ao menos, parece que não), mas tudo bem: o que ele fez já faz com que eu simpatize muito com ele, e, claro, também o inveje muito.
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