Organização que geria hospitais está no centro de esquema que levou à prisão de Baldy
A organização social Pró-Saúde está no centro do esquema investigado pela nova fase da Lava Jato no Rio, Dardanários, que prendeu hoje o ex-ministro e secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy...
A organização social Pró-Saúde está no centro do esquema investigado pela nova fase da Lava Jato no Rio, Dardanários, que prendeu hoje o ex-ministro e secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy.
As investigações do Ministério Público Federal apontam que a OS, responsável pela administração de hospitais públicos, intermediava o desvio de recursos liberados pela Secretaria Estadual de Saúde durante o governo de Sérgio Cabral.
Os contratos com fornecedores dos hospitais eram superfaturados — o valor extra virava caixa 2 para agentes públicos. Os repasses feitos pelo governo estadual do Rio constituíam metade do faturamento nacional da Pró-Saúde, que saltou de R$ 750 milhões em 2013 para R$ 1 bilhão em 2014 e R$ 1,5 bi em 2015.
A operação de hoje também investiga a gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (HURSO), em Goiânia (GO), que foi administrado pela Pró-Saúde entre 2010 e 2017.
Entre 2011 e 2013, Baldy foi secretário da Indústria do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e é genro de Marcelo Limirio, empresário do ramo farmacêutico que já foi notícia no passado por suas ligações com Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres.
Hoje, é secretário de Transportes de João Doria em São Paulo. Na casa de Baldy, os policiais federais encontraram dois cofres, contendo R$ 90 mil.
A Pró-Saúde já era investigada em fases anteriores da Lava Jato no Rio. Segundo o MPF, empresas fornecedoras da OS deveriam repassar 10% do valor dos contratos para os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, que controlavam o esquema.
O dinheiro era depois distribuído entre os demais membros da organização criminosa, como o ex-secretário de Saúde do Rio Sergio Côrtes e Sérgio Cabral.
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