Oposição aperta o cerco sobre possíveis negócios de Lulinha em Cuba
Filho do presidente da República estava em Havana no mesmo dia de uma viagem do petista a Cuba
Integrantes da oposição ao governo Lula apresentaram requerimentos de informação ao Ministério de Relações Exteriores (MRE), Casa Civil e Gabinete de Segurança Institucional (GSI) cobrando detalhes sobre eventuais acordos entre o empresário Luís Cláudio Lula da Silva – filho do presidente da República – e o governo de Cuba.
Na semana passada, o site Metrópoles divulgou mensagens entre Luís Cláudio e sua então esposa, a médica Natália Schincariol, em 15 de setembro do ano passado. Em uma das mensagens, Lulinha sugeriu que estava em Cuba para assinar um suposto termo de compromisso. A informação levantou suspeita entre senadores e deputados da oposição.
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), por exemplo, acredita que o filho do presidente da República tenha viajado em um voo da FAB. Isso porque, tanto Luís Cláudio quanto Lula (foto) estavam em Cuba em 15 de setembro. Luís Cláudio para acertos comerciais; o presidente da República para uma reunião do G77 – principal grupo de países em desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O termo de compromisso que Lulinha afirma ter assinado em Cuba merece investigação, pois pode revelar informações relevantes sobre os interesses comerciais brasileiros na região e a atuação de membros da família presidencial em assuntos internacionais. O Ministério das Relações Exteriores, como órgão responsável pela condução da diplomacia brasileira, deve fornecer detalhes sobre esse documento e sua conformidade com a política externa do país”, justifica o deputado em seu pedido de informação, apresentado nesta segunda-feira, 22.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também considerou estranha a viagem e as coincidências de datas.
“Em Cuba, o enfoque de Lula foi estreitar laços diplomáticos com a China. Dessa forma, necessários serem prestados os devidos esclarecimentos sobre a viagem de Lula, se seu filho fez parte da comitiva oficial e quais foram os termos de compromisso assinados com empresas ou países que envolvam o Brasil”, disse Girão em outro pedido de informações enviado ao governo federal. O requerimento foi apresentado na semana passada.
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