Operação desmantela maior quadrilha de anabolizantes clandestinos no Brasil
Polícia Civil e MPRJ miram movimentação de R$ 80 milhões em esquema ilegal
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram a Operação Kairos, que tem como alvo a maior quadrilha de fabricação e distribuição de anabolizantes clandestinos no país. Quinze mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão foram expedidos, com ações no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O esquema investigado movimentou cerca de R$ 80 milhões em apenas seis meses, segundo apurações da 76ª DP (Centro de Niterói). A quadrilha patrocinava eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, usando marcas como Next, Thunder Group, Venon e Pharma Bulls para alavancar as vendas. Os produtos eram comercializados por meio de plataformas digitais e redes sociais, alcançando 26 estados brasileiros.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, foram emitidos oito mandados de medidas cautelares diversas da prisão. Ao todo, 23 pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) por associação criminosa, crimes contra a saúde pública e contra as relações de consumo.
De acordo com o delegado Luiz Henrique Marques, “esta é possivelmente a maior organização de revenda de anabolizantes clandestinos do país”. Ele destacou que as investigações continuam, com foco em influenciadores digitais e outros agentes que contribuíram para a promoção dos produtos ilegais.
O promotor Pedro Simão, do Gaeco, explicou que algumas instalações usadas pelo grupo estavam situadas em áreas controladas pelo tráfico de drogas, o que dificultava as investigações. “A estrutura logística era ampla, e o envio de mercadorias para quase todo o território nacional demonstra a complexidade do esquema”, afirmou.
A Operação Kairos marca um passo significativo no combate à comercialização de substâncias ilícitas que representam riscos à saúde pública. As autoridades reforçaram que novas etapas de investigação poderão alcançar outros envolvidos na rede criminosa.
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