Operação da PF que mira Carlos Bolsonaro tem 8 mandados de busca
O objetivo da operação é investigar uma organização criminosa que se infiltrou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
A Polícia Federal deu continuidade à operação Vigilância Aproximada, na manhã desta segunda-feira, 29, deflagrada na última quinta, cumprindo novos mandados de busca e apreensão.
O objetivo da operação é investigar uma organização criminosa que se infiltrou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.
Onde são cumpridos os mandados?
Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em diferentes localidades do país: Angra dos Reis/RJ (1), Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1).
Nesta nova etapa da operação, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin.
Segundo informações obtidas, essas informações eram obtidas por meio de ações clandestinas, utilizando técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, mas sem qualquer controle judicial ou do Ministério Público.
Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, de acordo com a medida de suas responsabilidades.
PF investiga elo entre “gabinete do ódio” e “Abin paralela”
A PF investiga, neste desdobramento da operação Vigilância Aproximada, um possível elo entre o chamado “Gabinete do Ódio” e a estrutura da “Abin Paralela”, comandada pelo ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Como mostramos mais cedo, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é o principal alvo da PF na operação desencadeada nesta segunda-feira, 29. Foram executados oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Brasília, Formosa e Salvador.
Além de Carluxo, a PF também executou buscas contra dois assessores parlamentares e um policial federal. Os assessores e o agente da PF são apontados como intermediários entre a Abin e o vereador.
Segundo apurou O Antagonista junto a policiais federais, há a suspeita de que alguns relatórios paralelos da Abin foram produzidos a pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) justamente para atacar adversários políticos com uma estrutura montada no Palácio do Planalto.
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