Operação contra aliados de Bolsonaro é vista pelo Planalto como provocação de Moraes
Integrantes do Palácio do Planalto e aliados de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional classificaram a busca e apreensão executada hoje pela Polícia Federal, contra aliados do presidente, a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes...
Integrantes do Palácio do Planalto e aliados de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional classificaram a busca e apreensão executada hoje pela Polícia Federal, contra aliados do presidente, a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes, como uma “provocação” por parte do magistrado.
Como registramos mais cedo, a PF deflagrou hoje uma operação que mira empresários após eles defenderem um golpe de Estado, em um grupo de WhatsApp, caso Lula vença a eleição presidencial.
Os alvos foram Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, Luiz André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu.
Todos negaram qualquer intenção de apoiar um golpe de Estado.
Na visão de interlocutores do presidente da República, a determinação de Moraes foi desnecessária, porque, em um primeiro momento, ela teve como base única uma reportagem sem elementos fáticos que corroborassem com a tese de que havia um golpe de Estado em curso.
Segundo integrantes do Planalto, os empresários foram criminalizados por “expor suas ideias” e, novamente, Moraes “pesou a mão”.
Outro ponto questionado pelo Palácio do Planalto é que o presidente da República fez vários acenos a Moraes para distensionar a relação entre o Poder Executivo e o TSE. Na visão dos aliados do presidente da República, a operação pode pôr fim ao armistício entre Bolsonaro e Moraes.
Como mostramos na semana passada, o presidente da República havia desistido de discursar no 7 de Setembro. Contudo, ele afirmou a aliados que poderia mudar de ideia caso Moraes determinasse alguma medida contra empresários bolsonaristas.
Agora, o temor do Palácio do Planalto é que o ministro do STF decrete até a prisão dos empresários envolvidos.
“Querem chegar onde com isso? Encontrar o que? É muita pretensão da parte do Moraes aprovar essa operação”, disse um importante aliado do presidente da República a este site.
“É insano determinar busca e apreensão sobre empresários honestos, que geram milhares de empregos, alguns conhecidos de ministros do STF (que sabidamente jamais tramariam “golpe” nenhum) por dizerem que preferem qualquer coisa ao ex-presidiário, numa conversa privada de WhatsApp”, disse Flávio Bolsonaro nas redes sociais.
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