ONG confirma 21 mortes por protesto na Venezuela
A ONG Victims Monitor confirmou que até esta quinta-feira, 1 de agosto, foram registradas 21 mortes, quatro não identificadas, no âmbito dos protestos que decorrem na Venezuela em repúdio aos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral
A ONG Victims Monitor confirmou que até esta quinta-feira, 1 de agosto, foram registradas 21 mortes, quatro não identificadas, no âmbito dos protestos que decorrem na Venezuela em repúdio aos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral, que, sem revelar detalhes do escrutínio deu Nicolás Maduro como vencedor.
As vítimas foram feridas com armas de fogo, três mortes foram registradas nas manifestações de 30 de julho.
Em seis dos casos o autor do crime não foi determinado, embora testemunhas afirmem que foram executados por coletivos (civis armados em defesa do regime). Enquanto três mortes são atribuídas a funcionários da Guarda Nacional Bolivariana.
O maior número de mortes é registrado no estado de Aragua (5), seguido pelo Distrito Capital com 4 mortes, Miranda e Zulia com 2 cada.
Em Yaracuy, Bolívar, Carabobo e Táchira mataram uma pessoa por estado.
Há quatro falecidos que não foram identificados.
A Amnistia Internacional e outras organizações de direitos humanos condenaram na quarta-feira, 31, “os elevados índices de violência e repressão” dos protestos na Venezuela contra a reeleição de Maduro.
As autoridades também efetuaram detenções em massa, mais de mil, segundo dados oficiais.
A fraude
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro presidente eleito para um terceiro mandato de seis anos com 51% dos votos, em comparação com González Urrutia, com 44%. A oposição afirma ter cópia de mais de 80% das atas e que o seu candidato concentrou 67% dos votos.
Três dias depois da eleição, Maduro prometeu apresentar todas as atas dos votos questionados, dirigindo-se ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), que está sob seu controle, para pedir-lhe que se pronunciasse sobre o assunto.
Prisão e tortura de Freddy Superlano
No quadro do padrão de perseguições políticas, os líderes da oposição foram ameaçados e acusados. O líder da oposição e ex-deputado Freddy Superlano foi detido pelas autoridades venezuelanas em 30 de julho e teria sofrido tortura. O fato é apontado em denúncia da Comissão Interamerica de Direitos Humanos (CIDH)
A líder da oposição, María Corina Machado foi intimidada pelo Ministério Público por denunciar irregularidades na contagem dos votos e há contra ela um pedido de prisão.
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