OMS recomenda vacina desprezada pelo governo Lula
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina contra a dengue desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, conhecida como Qdenga. A decisão foi baseada nas análises do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE)...
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina contra a dengue desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, conhecida como Qdenga. A decisão foi baseada nas análises do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE).
No ano passado, o Brasil registrou um recorde histórico com 1.016 mortes pela doença e quase 1,5 milhão de casos.
A vacina da Takeda utiliza um vírus atenuado para estimular a resposta imunológica e demonstrou eficácia contra os quatro sorotipos do vírus da dengue em estudos realizados com crianças. Por isso, o SAGE recomenda que locais com alta carga e transmissão de dengue considerem a introdução da vacina.
O grupo sugere que a vacina seja administrada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Além disso, recomenda-se que as duas doses sejam aplicadas com um intervalo de três meses entre elas.
A vacina Qdenga, também conhecida como TAK-003, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano para uso no Brasil em pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de já terem sido infectadas pela dengue ou não. Desde julho, a vacina está disponível em clínicas particulares.
No entanto, o laboratório responsável solicitou ao Ministério da Saúde a inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) tem até 180 dias para avaliar o custo-benefício do imunizante e recomendar sua inclusão no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Em julho, o Ministério da Saúde disse que a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda, autorizada pela Anvisa, ainda precisava de análise e que ela pode demorar até um ano para ser incorporada ao sistema público.
O governo irá priorizar uma vacina que está sendo produzida pelo Instituto Butantan desde 2009. O imunizante sequer teve a pesquisa finalizada e pode ser liberado pela Anvisa apenas em 2025.
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