O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou a O Antagonista que o colegiado tem provas robustas sobre a atuação do chamado “Ministério da Saúde paralelo”.

“Passou de uma tese [a existência de uma estrutura paralela do governo]. Agora é fato. Por isso, o desespero do presidente Jair Bolsonaro. Por isso, o ataque sistemático à CPI”, disse Aziz, em referência aos diversos ataques do presidente da República a membros da comissão.

Hoje, vídeos obtidos pelo site Metrópoles mostram uma reunião de Bolsonaro com representantes do “Ministério da Saúde paralelo”, realizada no dia 8 de setembro no Palácio do Planalto. Nas imagens, médicos aconselham Bolsonaro a defender o uso de cloroquina e fazem ressalvas à aplicação de imunizantes. 

“Essas imagens mostram que aquela reunião não era pra tratar de políticas de saúde. Elas confirmam que o governo não apostou na vacinação. Imagine quantas vidas teriam sido salvas se tivéssemos comprado vacinas antes?”, afirmou Aziz.

Há pouco, o presidente da CPI da Covid foi ao Twitter reforçar que o “Ministério da Saúde paralelo” foi determinante nas ações adotadas pelo ex-ministro Eduardo Pazuello.

“Isso explica porque o ministro Pazzuello dizia que a vacinação iniciaria no dia D, na hora H – Ele esperava as determinações do ‘shadow gabinet’, o gabinete da morte.”