O relato de uma execução no Rio
Em matéria sobre as milícias do Rio de Janeiro, O Globo assim relata uma execução: "Era um domingo de muito calor, e, numa rua de uma favela da Zona Oeste, moradores se divertiam ao ar livre. Alguns faziam um churrasco; outros olhavam crianças brincando de pega-pega. De repente...
Em matéria sobre as milícias do Rio de Janeiro, O Globo assim relata uma execução:
“Era um domingo de muito calor, e, numa rua de uma favela da Zona Oeste, moradores se divertiam ao ar livre. Alguns faziam um churrasco; outros olhavam crianças brincando de pega-pega. De repente, dois milicianos armados param em frente a um portão.
Um deles berra o nome de um adolescente de 15 anos, aluno do 2º ano do ensino médio de uma escola pública e jogador federado de futebol de salão. O jovem sai de casa e a dupla ordena que ele se ajoelhe na calçada. Em seguida, ouve a pergunta:
‘Você foi ao baile funk?’
Antes de responder, levou um tiro na cabeça.
A execução serviu como um aviso. A milícia estava comprando uma briga do tráfico local: não toleraria ‘passeios’ de moradores pelas bandas de uma quadrilha rival.
Durante a investigação do caso, a Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco) descobriu que um dos autores do assassinato tinha respondido a processo por venda de drogas.”
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