O recado do Supremo
A decisão monocrática de Alexandre de Moraes pela prisão de Daniel Silveira está sendo entendida na Câmara também como um recado do Supremo contra a eleição de Bia Kicis para o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)...
A decisão monocrática de Alexandre de Moraes pela prisão de Daniel Silveira está sendo entendida na Câmara também como um recado do Supremo contra a eleição de Bia Kicis para o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O nome da deputada federal para a comissão mais importante da Câmara foi rejeitado internamente no STF desde o início, justamente pelos ataques recorrentes dela a ministros – em alinhamento à ala bolsonarista mais radical.
Kicis é investigada no inquérito sobre a organização e o financiamento de atos antidemocráticos ao lado de Daniel Silveira, Carla Zambelli e outros deputados. A decisão de Moraes se deu no âmbito dessa investigação, que ganha novo fôlego com o episódio do vídeo em que Silveira ataca ministros.
No ano passado, Bia Kicis usou as redes para informar que havia entrado com requerimento junto à Mesa Diretora para fazer “valer” a imunidade parlamentar de Silveira.
Citando Rodrigo Maia, ela pedia a devolução dos pertences do parlamentar apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lume, que cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra parlamentares, empresários e ativistas bolsonaristas. Bia e Silveira tiveram seus sigilos bancários quebrados por ordem de Moraes.
“A Constituição Federal, em seu artigo 53, prescreve que: ‘Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos’. Estamos diante de uma flagrante ação de agressão direta à inviolabilidade de um de nossos pares e de uma claríssima afronta à Constituição Federal”, escreveu Bia no documento exposto em sua página no Twitter.
Até agora, a deputada não se pronunciou sobre a prisão do colega de partido.
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