O que se sabe até o momento sobre as mortes no Guarujá
A Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo informou que ainda recebe série de denúncias de episódios de violência...
A Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo informou que ainda recebe série de denúncias de episódios de violência policial no Guarujá, no litoral de São Paulo.
“Não param de chegar novas denúncias”, disse o ouvidor Claudio Aparecido da Silva ao Globo, em matéria publicada nesta terça-feira (1º).
A própria ouvidoria anunciara no final de semana que identificou e investigava pelo menos 10 mortes na cidade em três dias de operação da Rota, a tropa de choque da PM que opera principalmente na região metropolitana de São Paulo.
Estimativas de segunda-feira (31) apontavam que as mortes podem já ter chegado a 19, enquanto moradores alegam que policiais ameaçaram matar ao todo 60 pessoas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve no Guarujá na segunda e afirmou não haver “excessos” nas abordagens da Rota no Guarujá.
“A gente não deseja o confronto de jeito nenhum. Tanto é que tivemos 10 prisões. Aqueles que resolveram se entregar à polícia foram presos”, disse Tarcísio.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), por sua vez, questionou a informação da ouvidoria da PM.
"Quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí", diz Erickson David da Silva, preso sob suspeita de ter matado policial da Rota. https://t.co/tVJNnQxypc pic.twitter.com/jzfFxaYEal
— O Antagonista (@o_antagonista) July 31, 2023
“A própria Ouvidoria, eu ouvi declarações que querem apurar 10 mortes, nem são 10 mortes […] Eu não sei de onde vem essa informação”, disse Derrite.
A Operação Escudo, à qual se atribui as mortes, está em execução desde sexta-feira (28) e deve durar por pelo menos um mês.
Ela é resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, no Guarujá.
O principal suspeito de atirar em Reis é Erickson David da Silva, que opera como sniper para o tráfico local. Ele foi preso no domingo (30).
Da Silva disse à polícia que ele matou Reis enquanto fazia guarda para um comparsa e que teria confundido a viatura da Rota com a do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), o equivalente à Rota no interior e litoral de São Paulo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)