“O que nós estamos vivendo em Manaus o Brasil inteiro vai viver”, diz vereador
Marcelo Serafim, vereador de Manaus pelo PSB, disse nesta quinta (14) que a situação na cidade é "desesperadora", e que a crise vai se repetir no resto do país...
Marcelo Serafim, vereador de Manaus pelo PSB, disse nesta quinta (14) que a situação na cidade é “desesperadora”, e que a crise vai se repetir no resto do país.
“O que nós estamos vivendo aqui por primeiro o Brasil inteiro vai viver em um segundo momento, porque Manaus viveu a primeira onda antes de todo mundo”, afirmou, em entrevista a O Antagonista. “E certamente o que a gente está vivendo aqui vai acontecer também em outros cantos do Brasil”.
“Ontem [13] a gente teve 170 sepultamentos a mais do que a média normal de Manaus. E esses óbitos obviamente são em sua quase totalidade pela Covid-19”, acrescentou.
Para Serafim, é provável que as infecções de hoje sejam de uma cepa diferente do vírus daquela que circulava no começo da pandemia.
O vereador também criticou o desempenho do ministro Eduardo Pazuello e do governo federal.
“A gente faz um apelo até desesperado para que o governo federal possa ajudar”, afirmou.
“O ministro veio para Manaus, passou aqui três dias e nós não temos uma solução concreta neste momento para o caos que está instalado”.
Segundo Serafim, o hospital de campanha operado pelo governo estadual está funcionando abaixo de 25% da capacidade, por falta de insumos e mão-de-obra. Já o da prefeitura foi desmontado e voltou a operar como escola.
Serafim fez “um pedido de socorro desesperado ao Brasil”.
“A gente não sabe quando vai chegar no teto de mortes, quando a gente vai chegar no teto das internações. A gente está há praticamente uma semana internando 200 pacientes por dia, sem ter onde internar. As pessoas estão entrando no lugar das outras que estão saindo mortas”.
Serafim contou que tem 12 parentes diagnosticados com Covid-19, incluindo pai e irmã. Tentou comprar um cilindro de oxigênio para um dos parentes na rede particular e não conseguiu. “Não tem oxigênio em Manaus”, afirmou.
“A gente não sabe como vai ser o nosso amanhã. A situação é dramática, dramática, dramática”.
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