O que aconteceu com o PDT no Ceará, Ciro?
O partido do ex-presidenciável elegeu apenas cinco prefeitos no estado em 2024; Em 2020, foram 67
O PDT, do ex-presidenciável Ciro Gomes, conquistou apenas cinco municípios no Ceará em 2024. Há quatro anos, o partido elegeu 67 prefeitos no estado.
Por outro lado, o PSB, do senador Cid Gomes, saltou 8 para 65 prefeituras neste ciclo eleitoral, consolidando-se como uma nova força na política cearense.
O PT, do governador Elmano de Freitas e do ministro da Educação, Camilo Santana, elegeu 46 gestores municipais este ano. Em 2020, eram apenas 18.
O governo do estado calcula que 94% das prefeituras ficaram nas mãos de siglas aliadas.
PDT perde relevância em Fortaleza
Além de perder a maioria das prefeituras que controla no Ceará, o PDT também não conseguiu levar o prefeito de Fortaleza, José Sarto, ao segundo turno.
A partir de 2025, a prefeitura da capital do estado será comandada pelo deputado federal André Fernandes (PL) ou pelo deputado estadual Evandro Leitão (PT).
No primeiro turno, o candidato de Jair Bolsonaro em Fortaleza ficou à frente com 40,20% dos votos válidos, enquanto o de Lula teve 34,33%.
O pedetista José Sarto conseguiu apenas 11,75% dos votos e se tornou o primeiro prefeito de Fortaleza a não conseguir se reeleger.
Ciro e José Sarto silenciam
Dois dias depois do primeiro turno, o prefeito José Sarto ainda não se pronunciou sobre a derrota nas urnas.
O ex-governador Ciro Gomes também preferiu manter o silêncio.
Ciro x Cid Gomes
Cid e Ciro Gomes estão em uma controvérsia familiar que se estende desde 2022, quando divergências sobre alianças políticas vieram à tona. Na ocasião, enquanto Cid apoiava a parceria estabelecida com o PT, Ciro defendia uma candidatura própria pelo PDT, o que criou uma cisão não apenas entre os irmãos, mas também entre os membros do partido.
Em novembro de 2023, o senador Cid Gomes, que havia sido destituído da direção do PDT do Ceará pela Executiva nacional do partido e se disse “alvo de uma discriminação”, teve a destituição suspensa pela Justiça do estado.
O deputado federal André Figueiredo, que era presidente em exercício do PDT nacional na época, declarou que o partido iria recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Enquanto isso, no mesmo dia, Ciro Gomes debochou do irmão, dizendo que Cid havia dado carta de anuência (para filiados saírem do partido sem perigo de perda de mandato) “até para um poste na frente do partido”.
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