O que acontece com empregados após privatizações
A privatização das seis distribuidoras da Eletrobras vai afetar mais de seis mil trabalhadores, informa o Estadão. "Assim que as empresas forem leiloadas, os empregados deixarão de trabalhar para o setor público e passam a ser chefiados por uma empresa privada. A experiência de outras estatais que foram privatizadas mostra que...
A privatização das seis distribuidoras da Eletrobras vai afetar mais de seis mil trabalhadores, informa o Estadão.
“Assim que as empresas forem leiloadas, os empregados deixarão de trabalhar para o setor público e passam a ser chefiados por uma empresa privada. A experiência de outras estatais que foram privatizadas mostra que isso significa planos de desligamento voluntário (PDVs), demissões e aumento nas terceirizações.”
O jornal cita como exemplo a Celg-D, distribuidora que atua no estado de Goiás e que pertencia à Eletrobrás e ao governo goiano, até ser comprada pela Enel no fim de 2016.
Desde então, a força de trabalho – de 1.972 empregados – caiu quase que pela metade – para os atuais 1.068 – e a relação de dois terceirizados para cada empregado direto virou de 5 para 1.
O leilão das distribuidoras da Eletrobras está marcado para o dia 30 de abril. Assumidas pela estatal em 1998, as concessionárias, que antes pertenciam a governos estaduais, geraram prejuízos de mais de R$ 20 bilhões para a holding.
“Sem a privatização, essas empresas serão liquidadas. Esse é o pior cenário para os trabalhadores, que terão de lidar com uma massa falida”, disse ao jornal o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.
Sobre a possibilidade de demissões e terceirizações, ele afirmou que essa decisão cabe aos novos concessionários.
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