“O presidente Lula salvou a democracia no Brasil”, diz Alckmin
Vice-presidente abriu reunião do Conselhão acenando para o presidente, que não permite que ele assuma a condução do governo nem quando limitado em uma UTI
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (foto), abriu a Reunião Plenária do Conselhão nesta quinta-feira, 12, dizendo que “o presidente Lula salvou a democracia no Brasil”.
É a repetição do discurso com o qual Lula voltou a disputar a presidência, quando na verdade sua candidatura se tratava de uma tentativa de limpar a própria biografia após a prisão pelas condenações na Operação Lava Jato, posteriormente revertidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sequência, Alckmin, que Lula não deixou assumir o governo nem quando debilitado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), disse que Lula lhe telefonou no “comecinho da noite” de quarta-feira, 11, “super animado”, “e eu falei a ele que teria a reunião do Conselho de Desenvolvimento de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável”.
O vice seguiu no relato: “E ele falou duas coisas: primeiro, a importância do Conselhão. Quem dialoga, ouve, acerta mais, aprende mais, erra menos. A outra é que ele pediu que transmitisse um abraço fraterno, carinhoso, a cada um de vocês”.
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Biocombustíveis
Após o aceno para o petista, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, seguiu com uma apresentação sobre a indústria brasileira, no lançamento da Missão 5 da Nova Indústria Brasil, com destaque para os biocombustíveis.
Lula passou na manhã desta quinta pelo segundo procedimento médico desde que foi internado na noite de segunda-feira, 9, reclamando de fortes dores de cabeça.
Os médicos disseram que a recomendação é para que Lula não trabalhe, mas disseram que ele está em condição de fazê-lo.
Vice para quê?
Lula deve permanecer internado até o início da próxima semana, ainda segundo a expectativa da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês.
Mesmo em meio às negociações para aprovar no Congresso Nacional o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tumultuada pelo imbróglio das emendas parlamentares, o governo deixou claro que não pretende permitir que Alckmin assuma as rédeas do Palácio do Planalto.
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