De carona no impeachment
A esquerda vai tentar pegar embalo no fato de o impeachment ter entrado na agenda de Brasília, como mostrou a Crusoé...
A esquerda vai tentar pegar embalo no fato de o impeachment ter entrado na agenda de Brasília, como mostrou a Crusoé.
Na semana passada, O Antagonista mostrou que, até aqui, embora se vitimize tanto, Jair Bolsonaro tem uma oposição de mentirinha: releia aqui.
Hoje, centenas de representantes de frentes populares, centrais sindicais, movimentos e partidos de esquerda se reuniram para montar um plano para enfraquecer Bolsonaro — como se ele precisasse. O grupo decidiu defender o “impeachment já!”. Uma nova carreata para pedir a saída do presidente ficou pré-agendada para 21 de fevereiro, em todo o país.
Este site teve acesso ao documento elaborado na reunião, considerada “uma histórica plenária”. No texto, fica claro o temor da esquerda de que movimentos como MBL e Vem Pra Rua tomem a frente nas mobilizações pelo impeachment.
“O ano de 2021 iniciou com o aprofundamento das crises que se arrastaram ao longo do ano passado. Esse agravamento recoloca o cenário de impeachment de Bolsonaro como possibilidade real. Contudo, esse cenário só se efetivará se houver um processo crescente de mobilização popular, ampliando o desgaste de Bolsonaro perante a população, e pressionando o Congresso para a abertura do impeachment. Para que esse processo seja conduzido pelas forças progressistas, e não capturado para fortalecer alternativas conservadoras, é indispensável o esforço de unidade de todos os setores populares.”
Ficou acordado que, além de aumentar a pressão pelo impeachment, a esquerda defenderá “vacinação já!” e a volta do auxílio emergencial. Além disso, o documento fala em “luta contra o teto de gastos e contra a reforma administrativa”.
Na reunião, também ficou decidido que a esquerda vai “apoiar a iniciativa da oposição parlamentar para criação de uma CPI para investigar a conduta de Pazuello à frente do Ministério da Saúde, especialmente sobre a crise no Amazonas”.
No calendário de atividades, além da carreata prevista para 21 de fevereiro, os militantes ficaram de organizar nos estados “ações permanentes, tais como bicicletadas, carreatas menores nas periferias e bairros, com carros de som”.
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