O morde e assopra entre Bolsonaro e Evo
Desde o início de seu governo, Jair Bolsonaro vinha evitando os embates com o presidente da Bolívia, Evo Morales, um dos representantes da ala bolivariana na América Latina...
Desde o início de seu governo, Jair Bolsonaro vinha evitando os embates com o presidente da Bolívia, Evo Morales, um dos representantes da ala bolivariana na América Latina.
O boliviano compareceu, inclusive, à posse de Bolsonaro em 1º de janeiro, em Brasília, e chamou o brasileiro de “irmão” na ocasião.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro adotou a estratégia do “morde e assopra”. Durante a reunião com presidentes de países amazônicos, da qual participou por videoconferência, o brasileiro enalteceu Evo.
“Temos lá na Bolívia um presidente que é um ser humano da terra, um homem da terra, um homem das origens da Bolívia. Lá, um índio pode ser um presidente sem nenhum problema. Parabéns à Bolívia”, afirmou, segundo sites bolivianos.
Pouco depois de participar da reunião, no entanto, Bolsonaro mudou o tom. “Agora há pouco, na conferência de Leticia [na Colômbia], vi que tinha um ali que não estava muito a favor das propostas dos demais. Parece que não estava integrado a nós”, afirmou, sem citar o nome do presidente da Bolívia.
“Ele disse que o capitalismo está destruindo a Amazônia. Como se no país dele não tivessem ocorrido as maiores queimadas.”
Há alguns dias, como noticiamos, Evo responsabilizou o Brasil pelas queimadas na Amazônia que também atingem a Bolívia.
Como se vê, o morde e assopra continua, mas não apaga o fogo.
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