O ministro dos Direitos Humanos do conflito
O próprio Silvio Almeida se definiu assim ao rebater críticas por ser acadêmico: "Comigo, se vier, vai vir para o enfrentamento. Não tenho problema nenhum com isso"
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (foto), rebateu nesta sexta-feira, 2, as críticas que tem recebido por sua atuação à frente da pasta.
Em café da manhã com jornalistas, ele negou se colocar no lugar de vítima e disse ser o “ministro dos Direitos Humanos do conflito”.
“Comigo, se vier, vai vir para o enfrentamento. Não tenho problema nenhum com isso. Vamos para o enfrentamento, quero ver. Eu não tenho problema nenhum com conflito. Eu sou ministro dos Direitos Humanos do conflito“, afirmou.
Silvio Almeida também disse ser alvo de “uma mistura de burrice com racismo” e se comparou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela pecha de “acadêmico”.
“Burrice com racismo”
“Quem inventou essa história fez uma mistura que é muito comum, né? É uma mistura de burrice com racismo“, afirmou.
“Eu tenho uma tripla formação. A minha formação é em direito, filosofia e economia. É uma formação muito parecida —mestrado, doutorado e pós-doutorado em economia— com a de um outro ministro, que se chama Fernando Haddad. O meu amigo querido Fernando Haddad”, acrescentou.
“Por que, para mim, no meu caso, as minhas qualidades viram defeito? Percebe? Eu fui professor da Universidade de Columbia, fui professor da Universidade Duke, fui professor da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas, sou professor da escola de direito. Vocês perceberam? Mas isso tudo, para mim, vira um problema. Por quê? Porque eu sou preto”, completou.
A fritura de Silvio Almeida no governo
Em julho de 2023, integrantes do governo Lula criticaram Silvio Almeida por realizar a “Caravana dos Direitos Humanos” em presídios e unidades do sistema socioeducativo sem promover uma gestão política com os governadores.
Segundo a Folha, membros do Executivo consideraram que a iniciativa poderia gerar ruídos em um “tema sensível”.
O anúncio ocorreu em meio às discussões no Palácio do Planalto sobre o rearranjo da Esplanada para abrigar representantes do PP e do Republicanos no governo.
Direitos humanos em causa própria
O ministro Silvio Almeida tem sido exímio em instrumentalizar os direitos humanos para suas próprias causas.
Apadrinhado pelo lobista Walfrido Warde e pelo influencer Felipe Neto, ele não mede esforços para defender ditaduras amigas do Planalto, como Cuba, e usar os direitos humanos como arma política para atacar seus desafetos nacionais.
Silvio Almeida também não faz qualquer crítica aos abusos de direitos humanos na China e ao presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão à Ucrânia.
Leia mais em: Direitos humanos só para amigos
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)