O lobby de Eduardo Cunha por Chiquinho Brazão
A Câmara dos Deputados vai pautar a análise do parecer sobre a prisão de Chiquinho Brazão em sessão plenária desta quarta-feira, 10
Cassado em 2016, o ex-deputado Eduardo Cunha é apontado como o maior articulador na Câmara dos Deputados pela soltura do deputado federal Chiquinho Brazão (sem-partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinado da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Segundo O Globo, o ex-presidente da Câmara, que frequenta a Casa diariamente, vem trabalhando para convencer as lideranças partidárias de que a manutenção da prisão de Brazão seria “ceder a uma interferência indevida do Supremo Tribunal Federal (STF) nas ‘prerrogativas’ do parlamento” .
“Aliado antigo dos Brazão no Rio de Janeiro, o ex-presidente da Câmara tem procurado pessoalmente líderes e deputados de sua antiga órbita de influência para tentar convencer de que o despacho do ministro do Supremo Alexandre de Moraes que determinou a prisão no último dia 24 carece de fundamento”, acrescenta o jornal.
Cunha alega que o ministro do STF não conseguiu demonstrar o flagrante cometido por Brazão nem apresentar provas do relato do ex-policial militar Ronnie Lessa, assassinato confesso de Marielle. Ele também tem dito que a decisão da Câmara de aprovar a prisão de Daniel Silveira, em 2021, foi um erro que não deveria ser repetido.
A Câmara e o caso Chiquinho Brazão
A Câmara dos Deputados vai pautar a análise do parecer sobre a prisão de Chiquinho Brazão em sessão plenária desta quarta-feira, 10. Antes o texto precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, agendada para ocorrer às 10h.
O deputado federal está preso de maneira preventiva. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro, Marielle Franco. O crime aconteceu em 2018, quando também foi morto, em uma emboscada, o motorista dela, Anderson Gomes.
Por Chiquinho Brazão ser parlamentar, a Constituição determina que o Legislativo analise o pedido de prisão, validando ou refutando o ato.
No parecer apresentado à CCJ, o relator de caso, deputado Darci de Matos (PSD-SC), orientou pela prisão do deputado. A votação, no entanto, foi adiada por pedido de vista do deputado Gilson Marques (Novo-SC).
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