“O limite sempre foi a busca da verdade”
Deltan Dallagnol, em entrevista à Crusoé, comentou a troca de mensagens com Sergio Moro: “A acusação e o juiz atuavam de forma independente, mas contatos sempre existiram, do mesmo modo que é lícito e legítimo o contato entre advogados e juízes...
Deltan Dallagnol, em entrevista à Crusoé, comentou a troca de mensagens com Sergio Moro:
“A acusação e o juiz atuavam de forma independente, mas contatos sempre existiram, do mesmo modo que é lícito e legítimo o contato entre advogados e juízes. No sistema brasileiro, e na tradição jurídica brasileira, isso é normal e corriqueiro. Assim como advogados fazem seus pedidos e vão despachar com os juízes, nós do mesmo modo buscamos atuação de excelência e sempre íamos despachar com o juiz, para convencê-los dos nossos argumentos. Qual é o limite? O limite sempre foi a busca da verdade e busca dos valores da Justiça. O nosso sistema permite ao juiz uma proatividade na busca da verdade, por isso se fala do princípio da verdade real. Além disso, nosso Código de Processo Penal prevê a possibilidade de o juiz fazer busca e apreensão e determinar colheita de depoimento por iniciativa própria. Quando, por exemplo, o MP faz contato com o juiz para estabelecer data da busca e apreensão, isso é correto e corriqueiro, é desse modo no Brasil inteiro. Porque quem emite a decisão é o juiz, é uma ordem dele e ele precisa estar disponível no dia do cumprimento da medida. Quando isso veio à tona nas conversas vazadas, foi altamente criticado. Isso mostra o grau de desconhecimento sobre o nosso sistema.”
Leia a entrevista completa aqui.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)