“O início da CPI vai mostrar quem está blindando quem”, provoca Girão
Acusado de ser governista -- sobre a pandemia, o discurso do senador se assemelha e muito ao do presidente e seus apoiadores --, Eduardo Girão (Podemos), que tenta furar o acordo e chegar ao comando da CPI da Covid, disse a O Antagonista que o início dos trabalhos, amanhã, vai mostrar "quem está blindando quem". "Se não existe blindagem de estados e municípios, eu quero ver o desapego de cada um dos que integram a comissão aprovando requerimentos para convocação de governadores e prefeitos...
Acusado de ser governista — sobre a pandemia, o discurso do senador se assemelha e muito ao do presidente e seus apoiadores –, Eduardo Girão (Podemos), que tenta furar o acordo e chegar ao comando da CPI da Covid, disse a O Antagonista que o início dos trabalhos, amanhã, vai mostrar “quem está blindando quem”.
“Se não existe blindagem de estados e municípios, eu quero ver o desapego de cada um dos que integram a comissão aprovando requerimentos para convocação de governadores e prefeitos. Eu sou favorável à aprovação de requerimentos para convocação de integrantes do governo federal. E eles? Querem a verdade toda ou só uma parte da verdade?”
Girão rebateu argumentos de que é preciso autorização do STF para convocar governadores. Ele lembra que Marconi Perillo (PSDB), então governador de Goiás, por exemplo, prestou depoimento durante a CPI que investigou os esquemas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012.
“Os governadores que, se quiserem, peçam ao Supremo para não vir, mas nós podemos convidá-los ou convocá-los, sim”, disse Girão. Renan Calheiros (MDB), provável relator da CPI, é pai do governador de Alagoas. Jader Barbalho (MDB), suplente da comissão, é pai do governador do Pará.
O senador do Podemos do Ceará afirmou também que, se não há blindagem de governadores e prefeitos, como alegam os pares, os titulares da CPI poderão, por exemplo, convidar a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que tem cobrado explicações sobre o repasse de recursos federais a estados e municípios. Girão defendeu, ainda, a presença do próprio ministro do STF Marco Aurélio Mello na CPI, para falar da decisão, confirmada no plenário da corte, que dividiu entre União e gestores locais o poder de decisão na pandemia.
“O início da CPI vai mostrar quem está blindando quem. Quem fica acusando o outro de ser governista vai aprovar requerimentos para investigar estados e municípios? Para mostrar que o jogo é limpo e transparente, chamem todos os autores que precisam ser chamados.”
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