“O indulto não pode ser instrumento de impunidade”
Eis os comentários de um procurador e três procuradoras da República no Twitter sobre o julgamento de hoje no STF do decreto de Michel Temer de indulto natalino a corruptos. Antonio Welter, procurador da República na Lava Jato em Curitiba: “O STF deve...
Eis os comentários de um procurador e três procuradoras da República no Twitter sobre o julgamento de hoje no STF do decreto de Michel Temer de indulto natalino a corruptos.
Antonio Welter, procurador da República na Lava Jato em Curitiba:
“O STF deve apreciar hoje a constitucionalidade do Decreto de Indulto do ano passado. O indulto não pode servir para esvaziar a pena, não pode ser instrumento de impunidade. Desta forma viola o princípio da proporcionalidade e deve ser excluído da ordem jurídica.”
Thaméa Danelon, procuradora da República na Lava Jato em São Paulo:
“Temos visto há anos o Brasil ser saqueado por políticos inescrupulosos. A Lava Jato desvendou o maior escândalo de corrupção da história do nosso país. Esperamos que hoje o STF julgue INCONSTITUCIONAL o indulto, ou melhor, INSULTO de Natal do presidente Temer do final de 2017. O retrocesso ao combate à corrupção deve ser evitado. A corrupção desvia bilhões de reais e mata pessoas em filas de hospitais. É um crime grave contra a humanidade. É incompatível com o indulto, instituto aplicado só para crimes menores.”
Jerusa B. Viecili, procuradora da República na Lava Jato em Curitiba:
“Está em jogo a sobrevivência da Lava Jato e do combate à corrupção no Brasil!”
Monique Cheker, procuradora da República no Rio de Janeiro, ironizando a notícia de que 22 presos da Lava Jato podem ser beneficiados se Temer reeditar neste ano o decreto de indulto natalino com as mesmas regras do assinado no ano passado:
“A pauta republicana de sempre das reuniões: ‘Como vamos ajudar corruptos a saírem impunes? Como vamos dificultar o trabalho do MP e da polícia?’”
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