O esforço no PT para não subestimar Bolsonaro e evitar clima de já ganhou
Há um esforço no entorno de Lula (foto) para que, a oito meses do primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, as lideranças petistas não embarquem no clima de já ganhou...
Há um esforço no entorno de Lula (foto) para que, a oito meses do primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, as lideranças petistas não embarquem no clima de já ganhou.
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O ex-presidiário, que se vende para o eleitorado como inocentado após as condenações na Lava Jato — o que não é verdade –, lidera todas as pesquisas de intenções de voto divulgadas até aqui e vence em todos os possíveis cenários de segundo turno.
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“Não dá para imaginar que o Bolsonaro, tendo o governo na mão, a maioria do Congresso e toda essa estrutura de dinheiro, vá dar a eleição por perdida”, afirmou um petista da executiva nacional, pedindo reserva.
Segundo essa fonte, Lula tem pedido a seus auxiliares mais próximos que não deixem crescer a ideia de que a vitória nas urnas está garantida. Nos bastidores, ele argumenta que “falta muito tempo até a eleição” e demonstra estar ciente de que, quando a campanha começar para valer, Bolsonaro e os demais adversários farão de tudo para recuperar o sentimento de antipetismo que foi decisivo nas eleições de 2018.
No entorno de Lula, também há a avalição de que “é natural” que a chamada Terceira Via consiga chegar a algum nome com o mínimo de competitividade. Mais cedo, noticiamos que lideranças do “centro” retomarão o diálogo, após uma pausa nas negociações durante a virada do ano. O ex-presidiário quer aproveitar as indefinições nesse campo político para consolidar alianças regionais.
“É hora de ter muita tranquilidade. Até porque o Bolsonaro sabe que não tem como fazer mais votos do que o Lula no primeiro turno. A preocupação do presidente hoje é que ninguém passe dele. Por isso, ele vai tentar manter a base dele mobilizada, batendo na gente e se mostrando como ‘o homem que pode derrotar Lula’. O PT tem que ter tranquilidade.”
Os petistas, buscando essa “tranquilidade”, já pediram a Lula que evite “movimentos bruscos” na campanha (leia mais aqui), reforçando a estratégia de que ele “jogue parado”, ventilada por O Antagonista ainda em junho do ano passado.
Como também já registramos, o PT pretende oficializar a pré-candidatura de Lula em março, quando, espera-se, as federações partidárias estarão definidas.
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