O discurso da bancada do PT para justificar a mudança na meta fiscal
Deputados da base petista já se articulam para aprovar a primeira mudança na meta fiscal de 2024, que pode sair de zero para até 0,5% do PIB...
Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ir na contramão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é indicar a possibilidade de mudança na meta fiscal para 2024, a bancada do PT já passou a se movimentar no Congresso Nacional para tentar aprovar a medida. Como noticiamos nesta terça-feira (31), a pasta de Haddad discute a primeira mudança na meta fiscal de 2024, que pode sair de zero para até 0,5% do PIB.
A expectativa do governo é de buscar apoio entre a base aliada, para que a mudança seja aprovada pelos parlamentares durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Mais cedo, Lula se reuniu com líderes partidários no Palácio do Planalto e o relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), indicou nas redes sociais disposição em discutir a proposta de mudança.
Além disso, aliados de Lula já têm travado embates com a bancada da oposição na Câmara dos Deputados. Durante audiência desta tarde na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) questionou qual seria a “autoridade dos deputados bolsonaristas para falar sobre responsabilidade fiscal“.
“Eu pergunto qual a autoridade desse pessoal de falar de responsabilidade fiscal? Se gastaram R$ 794 bi acima do teto. Não tem nenhuma moral“, disse o petista.
Além de Farias, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o mercado era “irracional” na reação contra Lula. Como mostramos, as indicações de Lula de que a meta de déficit fiscal zero no ano que vem não será perseguida pelo governo fizeram os ativos nacionais desabarem na sexta-feira.
Segundo o petista, mesmo se o Brasil registrar um déficit de 0,5% ou 0,25% do PIB, isso não significaria “nada”.
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