O depoimento do motorista de Palocci
O motorista Carlos Alberto Pocente trabalhou para Antonio Palocci por 30 anos. Só por isso imaginava-se que ele pudesse ter visto muita coisa. E viu...
O motorista Carlos Alberto Pocente trabalhou para Antonio Palocci por 30 anos. Só por isso imaginava-se que ele pudesse ter visto muita coisa. E viu.
Em depoimento à PF obtido em primeira mão por O Antagonista, em janeiro, o funcionário contou que levou o ex-ministro do condenado Lula “até diversos banqueiros e sedes dos bancos”. Ele citou os bancos Safra, BTG, Santander e Bradesco.
Pocente também disse que, em certa ocasião, Palocci foi almoçar no banco Safra, entrou com uma maleta vazia e saiu de lá com ela “claramente cheia”. O destino após o almoço? O Instituto Lula.
Ele ainda confirmou a entrega de uma caixa de uísque a Lula no aeroporto de Congonhas. Em sua delação, Palocci contou que entregava propina a Lula em caixas da bebida.
Em outro trecho do depoimento, o motorista declarou que, a pedido de Palocci, ele “tinha o costume de receber pessoas na garagem dos edifícios em que se localizavam suas consultorias”. Ele recebeu, por exemplo, “as seguintes pessoas para Palocci: Abílio Diniz, Marcelo Odebrecht, Otávio Azevedo, João Vaccari, Léo Pinheiro.” A maioria deles já foi presa pela Lava Jato.
Pocente ainda relatou a existência de um ‘escritório paralelo’ de Lula, num hotel na Rua Sena Madureira, em São Paulo.
Sai ano, entra ano e eles continuam a achar que motoristas não existem.
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