O ‘delivery’ das drogas na Zona Sul do Rio
O livro "Meu nome não é Jonny", de Guilherme Fiúza, que virou filme homônimo, foi baseado na vida de João Guilherme Estrella, traficante da classe média do Rio de Janeiro. O Globo relata neste domingo outro caso aparentemente semelhante. "No dia 30, Bernardo Russo Menezes Martins Correa foi preso na Zona Sul, acusado de pertencer à quadrilha de...
O livro “Meu nome não é Jonny”, de Guilherme Fiúza, que virou filme homônimo, foi baseado na vida de João Guilherme Estrella, traficante da classe média do Rio de Janeiro.
O Globo relata neste domingo outro caso aparentemente semelhante.
“No dia 30, Bernardo Russo Menezes Martins Correa foi preso na Zona Sul, acusado de pertencer à quadrilha de tráfico da Rocinha. Ele estaria envolvido, segundo a polícia, com a ‘maior quadrilha de traficantes que atuava na Zona Sul, na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes’. (…)
Grampos telefônicos (…) revelaram que Bernardo negociava drogas com traficantes da maior favela do Rio e as repassava a consumidores de classe média alta no asfalto. O ‘delivery’ era responsável (…) por mais de 800 entregas por semana. O faturamento mensal foi estimado pelos policiais em R$ 900 mil.
A suspeita de que Bernardo Russo era um traficante, ligado à facção da Rocinha, caiu como uma bomba e chocou parentes e amigos. (…) O acusado é um advogado de 39 anos que cresceu no Leblon.
Em cinco anos, ele teve ascensão meteórica nos corredores da Justiça, passando de simples estagiário a advogado de um dos maiores escritórios de advocacia do país. Com histórico acadêmico exemplar, (…) passou pelo Colégio Santo Inácio no ensino médio, formou-se em Direito na PUC e fez especialização em Direito de Estado na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Preso, acabou na Cadeia Pública José Frederico Marques, ao lado de boa parte dos políticos que dominaram o cenário do poder nas duas últimas décadas (…). Bernardo Russo foi levado para lá no dia 1º de dezembro. (…)
Na última quarta-feira, a juíza Ana Luiza Coimbra Nogueira, da 21ª Vara Criminal, a mesma que autorizou os policiais a grampearem o advogado e decretou sua prisão, mandou soltá-lo. Procurada pelo Globo, a magistrada informou que não poderia comentar o caso porque o inquérito estava sob sigilo.
A defesa do advogado alega que ele é inocente.”
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