O capitalismo da comunista Vanessa Grazziotin
José Casado comenta no Globo a euforia da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) com a garantia de uma renúncia fiscal de R$ 3,8 bilhões por ano no Orçamento da União para os produtores de refrigerantes instalados na Zona Franca de Manaus. “Comemoro nossa grande vitória...
José Casado comenta no Globo a euforia da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) com a garantia de uma renúncia fiscal de R$ 3,8 bilhões por ano no Orçamento da União para os produtores de refrigerantes instalados na Zona Franca de Manaus.
“Comemoro nossa grande vitória, vitória do Brasil”, celebrou a comunista, que comandou a derrubada da decisão do “governo golpista” de Michel Temer de cortar R$ 1,6 bilhão em benesses estatais a empresas multinacionais privadas, para usar o dinheiro em subsídios ao preço do diesel da Petrobras.
“O que a gente anda votando aqui?”, protestou Lindbergh Farias. “Isso é subsídio. Sabe quanto recurso público entra numa lata de refrigerante? De R$ 0,15 a R$ 0,20. É escandaloso!”
Casado comenta:
“A cena era inusitada: a autodenominada esquerda rachou num embate sobre privilégios do Estado para dois ícones do capitalismo global, Coca-Cola e Ambev, beneficiários de dois terços dos incentivos dados ao setor de refrigerantes.
O PCdoB defendia o ajutório estatal às multinacionais em Manaus, como ‘alternativa à devastação da Floresta Amazônica’. A Zona Franca custa R$ 20 bilhões anuais aos cofres públicos.
O PT atravessou a última década apoiando subsídios de R$ 1,5 bilhão por ano às multinacionais de automóveis. Resolveu condenar subsídios às de refrigerantes, perfilando-se ao ‘golpista’ Temer.
(…) Sob Lula e Dilma, a Zona Franca de Manaus foi prorrogada por mais meio século, até 2073. (…) Subsídios diretos somaram R$ 723 bilhões entre 2007 e 2016, valor maior que os gastos do sistema público de saúde durante sete anos.
(…) De cada dez reais em subsídios concedidos, oito são repassados sem transparência.
(…) No embate sobre quais multinacionais merecem privilégios do Estado, PCdoB e PT reafirmaram a velha política de transferência de renda dos pobres para os mais ricos.”
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