O buraco negro do endividamento
Reportagem de capa da nova edição de Crusoé destaca como a estagnação da renda leva o Brasil a um recorde de famílias que não conseguem pagar...
Reportagem de capa da nova edição de Crusoé destaca como a estagnação da renda leva o Brasil a um recorde de famílias que não conseguem pagar suas dívidas. Quase um terço dos lares brasileiros perdeu a capacidade de honrar seus compromissos.
“O governo federal busca combater os sintomas agudos dessa doença. Em julho, lançou o programa Desenrola, para permitir a renegociação de dívidas e a retirada de nomes dos cadastros de maus pagadores. Inicialmente, o programa foi liberado para pessoas com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 20 mil. Mais de R$ 8 bilhões já foram renegociados e 5 milhões de pessoas limparam seus nomes.
Neste momento, dá-se um embate a respeito dos juros do cartão de crédito, hoje amplamente difundido entre todos os grupos de renda no Brasil. Quem não consegue pagar uma fatura tem duas opções: parcelar ou entrar no rotativo. Os juros no primeiro caso são altíssimos: cerca de 9% ao mês, ou 181% ao ano. No segundo caso, os juros são estratosféricos: 437,25% ao ano, na medição de junho. É verdade que depois de dois meses os bancos são obrigados a tirar o cliente do rotativo e transferi-lo para uma modalidade com taxas mais baixas. Mas, para quem está desempregado ou tem a renda comprometida com despesas básicas, mesmo a passagem rápida pelo rotativo equivale a cair em um buraco negro de endividamento, de onde escapar é quase impossível.”
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