“O ano que vem me preocupa muito”, diz ex-presidente do BC
Para Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, a demora do governo Jair Bolsonaro em conseguir vacinas contra a Covid postergou também a recuperação econômica do Brasil. Ele disse...
Para Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, a demora do governo Jair Bolsonaro em conseguir vacinas contra a Covid postergou também a recuperação econômica do Brasil. Ele disse à Folha:
“Para além dos novos problemas que estão sendo investigados pela CPI da Pandemia, ficou claro que o Brasil começou a vacinar com atraso e essa demora foi o que mais impactou na economia.”
Questionado se o mercado já precifica uma possível volta de Lula ao poder, Goldfajn afirmou:
“O mercado tem a mania de ser otimista, ele quer ver que a coisa irá funcionar, com quem quer que seja eleito. Que a economia tenha espaço para se recuperar. E, muitas vezes, a coisa não é bem assim (…).
Vamos ter uma eleição intensa, com muita polarização e discussões; não consigo ver um ambiente tranquilo para o ano que vem. 2021 é um ano de alívio e recuperação, mas quanto mais perto chegamos de 2022, mais os riscos vão aumentando. O ano que vem me preocupa muito. Com a disputa pelos próximos quatro anos de governo, o Brasil vai ter muito ruído interno e o cenário internacional pode estar bem diferente do que está agora.”
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