Nunes sobre rescindir com Enel: “Não tem outro caminho”
A decisão vem após uma série de apagões que afetaram diversos bairros e prejudicaram milhares de clientes da Enel
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB/foto), anunciou nesta segunda-feira, 1º, que está considerando rescindir o contrato com a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade. A decisão vem após uma série de apagões que afetaram diversos bairros e prejudicaram milhares de moradores.
Em entrevista à CNN, Nunes afirmou que não vê outra alternativa além da rescisão do contrato para lidar com a situação. Ele ressaltou que suas ações contra a empresa estão surtindo efeito, mencionando que já protocolou representações no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nunes destacou que a Enel foi multada em R$ 160 milhões até o momento, mas argumenta que isso não é suficiente diante dos problemas enfrentados pela cidade. Segundo ele, a empresa não tem sido capaz de lidar adequadamente com as interrupções no fornecimento de energia causadas por chuvas e outras adversidades.
O prefeito também criticou as demissões e o desmonte das equipes da Enel, alegando que essas medidas comprometeram ainda mais a capacidade da empresa em solucionar os problemas. Ele ressaltou a importância dos investimentos necessários para garantir um serviço de qualidade aos paulistanos.
Investigações avançam contra a Enel
Além das ações tomadas pelo prefeito, o Ministério de Minas e Energia abriu um processo disciplinar contra a Enel nesta segunda-feira. Caso a empresa seja considerada culpada, poderá ser retirada da concessão de energia elétrica na cidade.
Enel joga a culpa no calor para apagões em SP
No último dia 21, a cidade de São Paulo enfrentou mais um apagão, atingindo principalmente a rua 25 de Março e o bairro Santa Cecília. Segundo a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, o incidente foi intensificado pelo elevado consumo de energia, decorrente dos picos de temperatura na capital paulista. Esse fato somado às dificuldades técnicas de manutenção de redes subterrâneas complicou a rápida solução do problema.
A 25 de Março, conhecida por ser um polo comercial intenso, e o bairro Santa Cecília, sofreram não só com a falta de luz, mas também com as adversidades que essa interrupção causou ao cotidiano dessas regiões. Alguns estabelecimentos tentaram se adaptar, recorrendo a geradores para minimizar os prejuízos.
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