Nunes rompe com empresa suspeita de ligação com PCC
As concessionárias de ônibus UPBus e Transwolff são investigadas por suspeitas de ligação com a facção
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou dois decretos na sexta-feira, 27, para iniciar o rompimento dos contratos com as concessionárias de ônibus UPBus e Transwolff, investigadas por suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município e marca o início do processo de caducidade dos contratos, que atendem diariamente mais de 600 mil passageiros nas zonas sul e leste da capital paulista.
As empresas estão sob intervenção desde abril, após a deflagração da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo. Na ocasião, os presidentes das empresas foram alvo de prisão. Ubiratan Antonio da Cunha, da UPBus, foi detido novamente em 20 de dezembro.
A intervenção da SPTrans nas linhas operadas pelas empresas revelou ainda inconformidades financeiras e operacionais.
Nunes afirmou que as concessionárias tiveram 15 dias para apresentar defesa, mas as respostas não foram suficientes para encerrar a intervenção.
Com isso, os decretos estabelecem mais 15 dias para que as empresas se manifestem. Caso não haja justificativas plausíveis, o contrato será rompido e um novo processo licitatório será aberto para substituir as operadoras.
A prefeitura também contratou a Fundação Carlos Alberto Vanzolini para realizar uma avaliação externa das empresas, com o objetivo de fornecer subsídios à administração municipal. A avaliação revelou a necessidade de melhorias em infraestrutura, manutenção e gestão financeira.
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