Novo aciona PGR após pressão de Lula e Silveira por Mantega na Vale
O Partido Novo acionou a Procuradoria-Geral da República contra o presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por constrangimento...
O Partido Novo acionou a Procuradoria-Geral da República contra o presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por constrangimento ilegal ao pressionarem a indicação de Guido Mantega à presidência da Vale.
“Registre-se que a grave ameaça aqui não foi perpetrada contra os conselheiros do atual Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Na realidade, a grave ameaça, ocorrida através de investidas por palavras de conotação nitidamente política, se deu contrária à sociedade mineradora, que ostenta, desde 1997, a natureza jurídica privada”, diz o documento assinado pelo presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.
Nesta semana, acionistas da Vale passaram a expressar insatisfação com pressões de nomes do governo para a indicação de Mantega.
De acordo com notícias atribuídas a fontes anônimas, Silveira teria ligado para conselheiros sugerindo o nome do ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Ainda segundo esses rumores, o ministro teria sido incisivo sobre o assunto e deixado claro que o presidente Lula queria o aliado no principal assento executivo da mineradora.
A notícia do contato de Silveira com a direção da Vale contribuiu para a queda da Bolsa de Valores (B3).
Diante da reação negativa do mercado e da sociedade, Lula desistiu de emplacar Mantega na presidência da Vale, pelo menos por enquanto. O recuo do presidente, segundo a Folha, foi negociado com o conselho de administração da companhia, que acenou com outro cargo ao ex-ministro do petista.
Segundo o jornal paulistano, uma ala do conselho da mineradora entende que é melhor negociar um candidato de consenso. No entanto, como mostramos, Lula ainda busca uma saída honrosa para Mantega com outra boquinha na empresa.
Agora, o presidente deve indicar um nome menos marcado para a presidência da Vale. Surgiram nos últimos dias os nomes de Murilo Ferreira – eleito para a presidência da mineradora em 2011, com o apoio de Dilma Rousseff – e de Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan.
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