No encalço dos financiadores
Ciente do modo como foi feita a invasão e da lista de vítimas dos hackers, a Polícia Federal trabalha agora, fortemente, na hipótese de que o serviço sujo dos quatro presos na Operação Spoofing foi encomendado – e provavelmente, por gente poderosa, interessada em melar a Lava Jato...
Ciente do modo como foi feita a invasão e da lista de vítimas dos hackers, a Polícia Federal trabalha agora, fortemente, na hipótese de que o serviço sujo dos quatro presos na Operação Spoofing foi encomendado – e provavelmente, por gente poderosa, interessada em melar a Lava Jato.
Investigadores consideram muito difícil que Walter Delgatti e sua turma tenham hackeado quase mil números de celular, incluindo os das mais altas autoridades da República, por iniciativa própria.
Como têm perfil de estelionatários e vivem de golpes, não fariam isso de graça e apenas por motivação política ou ideológica pessoal, muito menos de brincadeira.
O desafio dos policiais agora é, nos interrogatórios e análise dos equipamentos apreendidos, encontrar pistas de quem pode ter bancado a devassa.
Mesmo após a confissão de Delgatti de que hackeou a Lava Jato e passou as informações ao The Intercept, a PF não está satisfeita e tenta descobrir mais. Especialmente porque foram captadas mensagens de autoridades de fora da operação, contendo possivelmente diálogos com informações sensíveis e que podem valer ouro nas mãos de quem pagasse por elas.
Não está descartada, mais à frente, a oferta de uma delação premiada. Mas, até o momento, a avaliação é de que os presos, jovens de bermuda e boné, não aguentem a pressão e abram todo o jogo.
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