Os líderes de partidos da Câmara e Senado fecharam um acordo para driblar o regimento interno e votar propostas de remanejamento do Orçamento antes de concluir a análise de vetos presidenciais.

O regimento estabelece que os vetos travam a pauta –na prática, projetos do Congresso não poderiam ser votados antes da análise dos trechos de leis barrados por Jair Bolsonaro.

O acordo, porém, foi fechado nesta manhã. Em videoconferência, os líderes decidiram adiar a votação de vetos de Bolsonaro ao pacote anticrime e ao novo marco do saneamento, que ficaram para 18 de novembro.

A manobra foi proposta pelo líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, e Davi Alcolumbre. Dessa forma, será possível aprovar ainda hoje o PLN 30/2020, que libera R$ 6,1 bilhões em obras para Rogério Marinho, Tarcísio Freitas e para o Centrão.

A proposta de remanejamento sofre pressão no Congresso, porque o Ministério da Educação perderá R$ 1,5 bilhão para abastecer as obras, como mostra a tabela abaixo.

Para conter a oposição, Eduardo Gomes comprometeu-se a recuperar os recursos bloqueados da Educação em um novo projeto, o PLN 29/2020, que também promove um remanejamento orçamentário na Esplanada.