Nísia Trindade (foto), a nova ministra da Saúde, disse que a pasta trabalhará em um “revogaço” de portarias e normas internas que teriam caráter “negacionista” e que seriam base do governo de Jair Bolsonaro.

“Serão revogados nos próximos dias as portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais reprodutivos e que transformaram várias posições do Ministério da Saúde em uma agenda conservadora e negacionista da ciência”, disse.

Ela não citou o que estaria em seu radar para revogação, mas medidas consideradas negacionistas e conservadoras foram editadas pela pasta durante os anos de Jair Bolsonaro. Entre elas, estaria um manual antiaborto contrário à interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) e a resistência para condenar o uso de cloroquina.

Antes, Nísia – que presidia a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) antes de chegar ao gabinete – disse que “o enfraquecimento da capacidade de coordenação do Sistema Nacional de Saúde pelo Ministério da Saúde e a desarticulação de programas resultaram em uma resposta débil à pandemia.”