“Nenhuma arma forjada prevalecerá”, diz Michelle após operação contra Carluxo
O enteado de Michelle foi alvo nesta segunda-feira, 29, da PF na investigação que apura o uso político de instrumentos da Abin
Em meio à operação da Polícia Federal que teve como alvo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para publicar um versículo bíblico. O enteado de Michelle foi alvo nesta segunda-feira, 29, na investigação que apura o uso político de instrumentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Nenhuma arma forjada contra você prevalecerá, e você refutará toda língua que a acusar. Esta é a herança dos servos do Senhor, e esta é a defesa que faço do nome deles, declara o Senhor”, escreveu Michelle em seu perfil do Instagram.
Além do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, a PF fez buscas em uma casa em Angra dos Reis, onde o parlamentar estava com o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação desta segunda é um desdobramento da operação Vigilância Aproximada, desencadeada na semana passada e que mirou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Carlos Bolsonaro, mais conhecido como Carluxo, é investigado por ter supostamente sido beneficiado das informações produzidas pela chamada “Abin paralela”. Segundo a PF, o ex-diretor-geral da Abin utilizou o software First Mile para monitorar aproximadamente 1,5 mil pessoas. Todas de forma ilegal.
Além do vereador, conforme as primeiras informações, um agente da Polícia Federal que trabalhou durante a administração Alexandre Ramagem também é alvo de buscas. A PF informou em nota que “estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ, (1) Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1)”.
Os crimes investigados
“Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”, informou a PF.
A nota diz ainda que “os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.
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