Nem Randolfe concorda com farsa eleitoral de Maduro: “Eleição sem idoneidade”
Essa é mais uma manifestação de integrante da base petista que vai de encontro ao posicionamento pelo Brasil em relação à Venezuela
Em uma curta nota oficial divulgada nesta quinta-feira, 1º, o líder do governo Lula no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (PT), criticou as eleições na Venezuela e a farsa eleitoral instituída pelo ditador Nicolás Maduro.
“Uma eleição em que os resultados não são passíveis de certificação e onde observadores internacionais foram vetados é uma eleição sem idoneidade”, disse Randolfe.
Essa é mais uma manifestação de integrante da base petista que vai de encontro ao posicionamento adotado pelo governo brasileiro em relação à crise na Venezuela.
Como registramos mais cedo, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou em entrevista ao Meio-Dia em Brasília nesta quinta-feira, 1º, que “não se pode esperar da Venezuela uma eleição livre”. Apesar de fazer parte da base de apoio do presidente Lula, o PSB tem firmado manifestação completamente antagônica à do governo federal que, até o momento, não condenou a farsa eleitoral de Nicolás Maduro.
“Eu não sou do governo, eu sou de um partido que apoia o governo, que tem o vice dentro do governo. Agora, essa nossa posição [antagônica] não surpreende ninguém porque há muito tempo já consideramos a Venezuela um regime autoritário, uma ditadura, e não se pode esperar de uma ditadura uma eleição livre, transparente e democrática”, declarou Siqueira a este site.
“Isso é impossível. As eleições sempre são restritivas de liberdade e ocorrem em um ambiente que o resultado nunca reflete a vontade da população”, declarou Siqueira.
Outros integrantes do governo Lula criticam postura de Lula
Ao longo desta semana, outros integrantes do governo federal criticaram a postura de Lula ao não condenar a farsa eleitoral na Venezuela. A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, por exemplo, declarou ao portal Metrópoles que o regime chavista está longe de ser considerado uma democracia.
“Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário. O Brasil está muito correto quando diz que quer ver o resultado eleitoral, os mapas, todas as comprovações de que de fato houve ali uma decisão soberana do povo venezuelano”, afirmou a ministra.
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