Não há amizade que resista à Lava Jato
Da série "até que a Lava Jato nos separe", O Antagonista apurou detalhes da Operação Mascate, aquela que prendeu Ary Ferreira da Costa Filho, apontado pelos procuradores do MPF no Rio de Janeiro como operador financeiro do ex-governador de Sérgio Cabral...
Da série “até que a Lava Jato nos separe”, O Antagonista apurou detalhes da Operação Mascate, aquela que prendeu Ary Ferreira da Costa Filho, apontado pelos procuradores do MPF no Rio de Janeiro como operador financeiro do ex-governador de Sérgio Cabral.
Ary Filho foi assessor de gabinete de Cabral desde 2007 e permaneceu com Pezão até novembro do ano passado. (Não foi coincidência que sua exoneração tenha ocorrido logo depois da deflagração da Operação Calicute, que prendeu Cabral.)
Pois bem, isso já se sabia. O que ainda não havia sido bem explicado é a participação do delator Adriano José Reis Martins, dono de duas concessionárias de veículos no Rio.
A amizade de Martins e Ary Filho durou mais de 30 anos, mas não resistiu à Calicute.
Assim que Cabral foi preso, Martins procurou o MPF no Rio para confessar os crimes que vinha cometendo havia anos, a pedido do amigo Ary Filho.
Segundo Martins, tudo começou com um pedido do amigo. Ary Filho lhe procurou para dizer que recebia grandes quantias de dinheiro em espécie e precisava dar um jeito de colocar esses recursos no sistema financeiro. Ou seja, precisa lavar a propina recebida para que ele próprio e a turma de Cabral pudessem gastar mais à vontade.
Martins passou a depositar o dinheiro recebido nas contas de suas concessionárias. Fez isso por anos, lavando mais de R$ 10 milhões (objeto da nova ação penal aceita pelo juiz Marcelo Bretas).
Foi o relato de Martins que levou à prisão de Ary Filho.
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