Múcio Monteiro é denunciado à PGR por ‘racismo’ por blindados de Israel
Segundo a deputada federal Júlia Zanatta, o governo Lula descumpriu princípios básicos de isonomia na administração pública
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) apresentou uma denúncia na Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar possível ato de improbidade administrativa e crime de racismo após o ministro da defesa, José Múcio Monteiro (foto, à direita), admitir publicamente que o governo brasileiro travou uma licitação de blindados israelenses por questões ideológicas.
Como mostramos, o ministro da Defesa declarou que o governo Lula interferiu em um processo de licitação da pasta por ideologia contrária a Israel.
“Houve agora uma concorrência, uma licitação… Venceram os judeus, o povo de Israel, mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos… Nós estamos com essa licitação pronta, mas, por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”, disse Múcio em evento com a Confederação Nacional da Indústria em Brasília nesta terça-feira, 8 de outubro.
Para a deputada federal, a fala do ministro indica que o governo Lula não obedeceu a princípios balizares da administração pública, como a isonomia, por exemplo.
Antissemitismo no governo Lula?
“O antissemitismo refere-se a uma aversão criada por certos setores da sociedade contra povos de origem judaica da linhagem étnica semita. O antissemitismo é tão antigo na sociedade quanto o judaísmo e iniciou-se pelo ódio de populações de certos locais à migração de judeus advinda de suas diásporas”, declara a parlamentar na representação.
“A República Federativa do Brasil tem o dever de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, acrescentou ela.
“A afirmação de que decisões administrativas foram impactadas por ideologias pessoais, em detrimento de critérios objetivos de eficiência e qualidade, além de enfraquecer a confiança nas instituições públicas e comprometer a integridade do sistema licitatório, caracteriza um ato evidente de discriminação”, complementou.
Além de Zanatta, outros parlamentares de oposição apresentaram pedidos de convocação do ministro para dar explicações ao Congresso sobre essa fala.
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