MST protesta contra reintegração de posse na Bahia
O MST criticou em sua conta no Twitter uma reintegração de posse determinada pela Justiça na Bahia...
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protestou contra uma reintegração de posse determinada pela Justiça na Bahia nesta terça-feira (4). O grupo alega que a área ocupada é improdutiva.
Segundo o MST, 530 famílias do Acampamento Osmar Azevedo, de Itabela, “estão sob ameaça de perderem seus lares e lavouras de milho, aipim, feijão, quiabo, abóbora, maxixe, hortaliças, entre outras, conforme ofício que determina o cumprimento de liminar de despejo”.
O movimento, que promove atividades pelo Abril Vermelho neste mês, também mandou um recado para o Incra: “As famílias sem terra continuam chamando a atenção das autoridades para as terras devolutas, que não cumprem a função social. E reivindicam ao Estado, através do Incra, que realize uma ação discriminatória do latifúndio e desaproprie para fins de reforma agrária”.
Neste ano, o grupo invadiu três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, na Bahia, contrariando o discurso de que só ocupa terras improdutivas. Além disso, uma quarta área, de outro proprietário, foi invadida no município de Jacobina. Após determinação da Justiça, as terras foram desocupadas.
O assunto tem desgastado o governo Lula, em decorrência da proximidade histórica do PT com o grupo. A bancada do agronegócio iniciou nesta terça uma contraofensiva contra o MST, para contrapor o discurso do movimento nas redes sociais. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já deu o sinal verde para a instalação de uma CPI do MST.
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