MPF pede R$ 300 mil de Valdemiro Santiago por anúncios de sementes contra Covid-19
O Ministério Público Federal ajuizou ontem ação civil pública contra o pastor Valdemiro Santiago, a Igreja Mundial do Poder de Deus e o Ministério da Saúde. O pedido é para que o pastor e a igreja paguem R$ 300 mil de “dano social” pela divulgação de um vídeo com a promessa de que o cultivo de um feijão curaria a Covid-19. Ao Ministério da Saúde, o pedido é para que a pasta devolva um post sobre a história à seção de fake news de seu site...
O Ministério Público Federal ajuizou ontem ação civil pública contra o pastor Valdemiro Santiago, a Igreja Mundial do Poder de Deus e o Ministério da Saúde. O pedido é para que o pastor e a igreja paguem R$ 300 mil de “dano social” pela divulgação de um vídeo com a promessa de que o cultivo de um feijão curaria a Covid-19.
Ao Ministério da Saúde, o pedido é para que a pasta devolva um post sobre a história à seção de fake news de seu site. A publicação ficou no ar poucos dias, mas foi retirada sem explicações – mas depois que o MPF informou que ajuizaria uma ação contra o pastor.
De acordo com a petição do Ministério Público, o pastor Valdemiro cometeu “abuso de liberdade religiosa” com a divulgação do vídeo. Com isso, ele colocou a saúde pública e a saúde de seus fiéis em risco.
As sementes foram anunciadas em três vídeos no YouTube por até R$ 1 mil cada. Segundo Valdemiro, a simples germinação dos grãos teria o poder de curar a Covid-19, conta a ação do MPF.
Diz a petição, assinada pelos procuradores Pedro Antonio de Oliveira Machado e Lisiane Braecher:
“A dignidade da proteção constitucional que tutela a liberdade religiosa não constitui apanágio para a difusão de manifestações (ilegítimas) de lideranças religiosas que coloquem em risco a saúde pública, que explorem a boa-fé das pessoas, com a gravidade adicional de que isso ocorre com a reprovável cooptação de ganhos financeiros, pois ancorados em falsa premissa terapêutica, às custas da aflição e do sofrimento que atinge a sociedade”.
Leia AQUI a íntegra da ação.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)