MPF aponta pagamentos ocultos e arapongagem da dupla Frederick Wassef e Ivan Guimarães
Como já registramos, Frederick Wassef foi contratado por Orlando Diniz de forma oculta, por meio da banca de Luiza Eluf. O escritório da advogada recebeu cerca de R$ 4,5 milhões da Fecomércio, mas o dinheiro foi todo repassado a Wassef e à advogada Márcia Zampiron. Zampiron é mulher de Ivan Guimarães, ligado a Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT condenado no mensalão. Guimarães foi indicado por Delúbio para comandar o Banco Popular. Depois, virou consultor na área de segurança da informação...
Como já registramos, Frederick Wassef foi contratado por Orlando Diniz de forma oculta, por meio da banca de Luiza Eluf. O escritório da advogada recebeu cerca de R$ 4,5 milhões da Fecomércio, mas o dinheiro foi todo repassado a Wassef e à advogada Márcia Zampiron.
Zampiron é mulher de Ivan Guimarães, ligado a Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT condenado no mensalão. Guimarães foi indicado por Delúbio para comandar o Banco Popular. Depois, virou consultor na área de segurança da informação.
Wassef e Guimarães eram bem próximos e, pelo que mostram as investigações, foram contratados por Diniz para investigar vazamentos de informações sobre o esquema criminoso capitaneado por Cristiano Zanin. Um dos alvos do então presidente da Fecomércio foi Daniele Paraíso, sua ex-mulher.
Segundo o delator, Wassef optou por “desconsiderar as sindicâncias internas e conduzir a apuração dos vazamentos mediante instauração de inquéritos policiais”. Guimarães foi autorizado a “verificar o espaço e o computador operador por Daniele Paraíso” e fez um “levantamento sobre imóveis” dela e de uma ex-gerente chamada Verônica Gomes.
Guimarães informou Diniz sobre a compra por Daniele de um apartamento na Tijuca, próximo da cada de Verônica. Ele também mostrou ao colaborador “fotos de Daniele Paraíso com Julio Pedro, na Cobal de Botafogo”. O “trabalho de apuração”, porém, não foi finalizado.
Em sua delação, Diniz ressalta ainda que a empresa de Guimarães, a Corseque, foi formalmente contratada para fazer verificação de sistemas de TI do Sesc/Senac e da Fecomércio, para identificar a origem dos vazamentos de documentos.
“Que Ivan Guimarães lidava diretamente com Luiz Campbell, da área de TI da Fecomercio; que Luiz Campbell faleceu ano, num acidente de carro.”
Ainda na denúncia, o MPF destaca que Wassef e Guimarães frequentavam juntos a Fecomércio, conforme registro de entrada. E que, além dos repasses ocultos de Eluf, Márcia Zampiron, mulher de Guimarães, também recebeu recursos do escritório Gandh e Pugsley Advogados, no mesmo período, num total de R$ 1,6 milhão.
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